12.3.11

RICARDO GONDIM PERDE A LINHA!

Twitter (@gondimricardo):
“Os imbecis me perguntam sobre o Teismo Aberto. Ué, toda teologia não deveria ser aberta? Bin Laden gosta de teologia fechada. Ou Deus tem tudo sob seu controle ou Ele ama. Prefiro acreditar que Deus ama. O amor não controla. Amor e controle são como água é óleo, não combinam. Deus é amor. Repita depois de mim: Deus é amor. Um Deus que tem proposito na miséria humana, na violência, na dor, é na verdade um diabo! E eu ainda sou criticado? Dá um tempo. Sou contra um Deus que chacina, que tem o mal sob controle e suja as mãos para conseguir o que quer. A teologia que coloca todos os mínimos eventos 'sob controle' precisa de seres humanos marionetados. Simples assim! Toda a lógica retributiva acorrenta a gratuidade. Acreditar em um Deus que tudo controla, desumaniza e anula a criatividade. Deus cria o homem como o mar forma os continentes, retirando-se. Retira-se porque nos quer livres. @jungmosung Você me ensinou a sair da reflexão individualista; despertou-me a pensar a partir do pobre e, por isso, sou grato, muito grato. Um deus que tem propósito pra tudo, inclusive para o mal, é réu confesso! E a pena deveria ser a morte!”


Fonte: Mary Schultze - www.maryschultze.com


Mary Schultze comenta: "Apostasia galopante... É o que mais se vê, nestes dias finais. Quanto ao Gondim, prefiro ser tachada de 'imbecil', ignorante e retrógrada pelos homens do que ser uma herege diante do Deus Criador. O evangelho do Gondim, desde que ele, menino pobre, foi estudar num seminário americano (liberal), claro que perdeu a fé no Deus de Abraão. Infelizmente, toda a inocência é perdida nesse tipo de organização de ensino dita "evangélica", mas tendendo mais para novaerense, onde a filosofia humana predomina sobre a fé cristã."

NOVO LIVRO CONTROVERSO DE ROB BELL BUSCA "APAGAR O INFERNO"!

POR KEVIN DOLAK
6 de março de 2011
Com sermões ouvidos por mais 10.000 membros, um podcast alcançando 50.000 downloads e milhões de visualizações de vídeo, Rob Bell alcançou um nicho singular no mundo da pregação evangélica, e até foi nomeado um dos dez evangélicos mais influentes pela ChurchReport.com.
Mas agora, Bell, 40, está preparado para criar uma grande controvérsia ao passo que desafia noções amplamente cristalizadas do pós-vida, e pretende colocar o conceito em julgamento.
Chamado de “uma estrela de rock única no mundo eclesiástico,” Bell está pregando uma mensagem que tem chateado grandemente os evangélicos de todo o país: que um Deus amoroso jamais sentenciaria almas humanas para o sofrimento eterno.
Bell, pastor fundador da Mars Hill Bible Church em Grand Rapids, Michigan, está prestes a publicar seu mais novo livro: “Love Wins: Heaven, Hell, and the Fate of Every Person Who Ever Lived” ("O Amor Vence: Céu, Inferno e o Destino de Todas as Pessoas que Viveram").
No livro ele apresenta uma mensagem otimista acerca do pós-vida, desafiando a noção crista de inferno enquanto faz perguntas, como também faz em seus vídeos promocionais: “Apenas pouquíssimos selecionados alcançarão o céu? E bilhões e bilhões arderão eternamente no inferno?”
Não, propõe Bell – vida eterna não começa quando morremos; começa agora mesmo.
Mas outros membros da comunidade evangélica estão definindo suas noções como heréticas.
“Se, de fato, Rob Bell nega a existência do inferno, tal fato é uma negação da verdade bíblica que tem conseqüências espirituais e evangelísticas gravíssimas” disse Albert Mohler, presidente do Seminário Teológico Batista do Sul, ao “Good Morning America”.
O debate acerca das idéias controversas de Bell causou um tumulto na Internet, blogosfera e Twitter, onde muitos estão desaprovando o que ele prega enquanto outros estão lhe defendendo.
“Não há nada amoroso em pregar um evangelho falso,” tuitou @HarrisJosh.
@CindyCook12345 postou “Rob Bell, tão feliz q vc arrancou sua pele de ovelha”.
Mas Bell realmente tem alguns defensores notáveis dentro da comunidade religiosa, incluindo o Rev. Dr. Serene Jones, presidente do Union Theological Seminary.
“Penso que as pessoas que estão seguindo o Rob Bell nessa controvérsia estão mais próximas da heresia do que ele”, disse Jones.
“A mensagem de Jesus é que o amor de Deus é mais forte do que qualquer coisa que possamos fazer — e o perdão de Deus é mais forte — então, por que esse Deus torturaria as pessoas em um inferno inventado”, ela disse.
Todavia, muitos evangélicos e teólogos mantêm que a noção de um Inferno existente está bem definida na escritura, afirmando que a palavra aparece 54 vezes na (King James’ Bible) versão do Rei Tiago.
Tradução: Wellington Mariano
Fonte: Clique AQUI

11.3.11

APAGANDO O INFERNO?


Queremos que alguém realmente acabe assim?
Após rever a ascensão da era moderna, o crítico literário italiano Piero Camporesi comentou: “Agora podemos confirmar que o inferno acabou; que o grande teatro de tormentos está fechado por tempo indeterminado e que, após 2.000 anos de horrendas apresentações, a peça não será repetida. A longa estação triunfal chegou ao fim”.  Como uma peça de longa representação, a cortina finalmente desceu, e para milhões ao redor do mundo, a doutrina bíblica do inferno é apenas uma memória distante. Para tantas pessoas, neste mundo pós-moderno a doutrina bíblica do inferno tornou-se simplesmente impensável.


Será que os pós-modernos ocidentais decidiram que o inferno já não existe? Será que podemos achar que a doutrina acabou?   Os Guinness observa que as sociedades ocidentais “alcançaram o estado da pluralização, no qual a opção não é apenas um estado de coisas, mas um estado mental.” A opção tem se tornado um valor em si mesma, ou até mesmo uma prioridade. Ser moderno é ser dependente da opção e da mudança. A mudança se torna a própria essência da vida”;  a opção pessoal se torna urgente; o que o socialista Peter Berger chamou “imperativo herético”. Em tal contexto, a teologia sofre uma transformação rápida e constante, liderada pelos atuais assuntos culturais. Para milhões de pessoas da era pós-moderna, a verdade é um item de escolha pessoal - não a revelação divina. É claro que nós, os modernos, não vamos preferir que o inferno exista.

Este processo de mudança muitas vezes se torna invisível e negado pelos que estão promovendo o mesmo. Conforme David F. Wells comenta: “O ramo da ortodoxia histórica que diluiu a alma evangélica, já está condenada por um mundanismo que muitos deixam de reconhecer como tal, por causa da inocência cultural sob a qual ele se apresenta”. Ele prossegue: “A verdade é que esta ortodoxia jamais foi infalível, nem isenta de manchas e imperfeições, mas estou longe da persuasão de que a emancipação do seu âmago teológico, o qual muito do evangelicalismo está efetuando, tenha resultado em maior fidelidade bíblica. De fato, o resultado é exatamente oposto. Temos agora menos fidelidade bíblica, menos interesse na verdade, menos seriedade, menos profundidade e menos capacidade de falar a Palavra de Deus à nossa própria geração, de modo a oferecer-lhe uma alternativa ao que ela de fato já pensa”.

A questão que nos enche de preocupação é esta: O que aconteceu com o inferno? O que aconteceu para que agora nós achemos que, até mesmo alguns que afirmam ser evangélicos, estejam promovendo e ensinando conceitos como o universalismo, o inclusivismo, o evangelismo postmortem, a imortalidade condicional, o aniquilamento - quando os que são conhecidos como evangélicos, tempos atrás, eram conhecidos porque se opunham exatamente a estas propostas? Muitos evangélicos tentam encontrar qualquer escape de uma doutrina bíblica marcada por tanta dificuldade e embaraço. 

A resposta a estas perguntas deve ser encontrada na compreensão do impacto das tendências culturais e da prevalecente visão mundial sobre a teologia cristã. A partir do Iluminismo,  os teólogos modernos têm sido forçados a defender a exata legitimidade de sua disciplina e propostas. Uma visão mundial secular, que nega a revelação sobrenatural, deve rejeitar o Cristianismo como um sistema de afirmação da verdade. Ao mesmo tempo, ela tenta transformar todas as afirmações da verdade religiosa em assuntos  de opção e opinião pessoal. O Cristianismo despido de sua teologia ofensiva fica reduzido, entre outros [sistemas], a uma simples “espiritualidade”.

Jesus refere-se ao inferno - ou diretamente ou indiretamente -
em 167 versículos nos quatro Evangelhos.
Além disso, existem doutrinas particulares especialmente odiosas e repulsivas à mente moderna e pós-moderna. A tradicional doutrina do inferno como um lugar de castigo eterno é, de um modo especial, escandalosa. Ela é ofensiva às sensibilidades modernas e um embaraço para muitos que se consideram cristãos. Aqueles a quem Friedrich Schleiermacher chamou “desprezadores culturados da religião” são os que mais desprezam a doutrina do inferno. Conforme um observador observou, ironicamente, “O inferno deveria ser refrigerado.”

O Protestantismo Liberal e o Catolicismo Romano modificaram os seus sistemas teológicos, a fim de remover este escândalo.  Ninguém mais corre o perigo de escutar um ameaçador sermão sobre ”fogo e enxofre”, nas igrejas. O fardo de defender e tratar do assunto do inferno foi deixado aos evangélicos - as últimas pessoas que ainda lhe dão importância.

Como é possível que tantos evangélicos, inclusive alguns dos líderes mais respeitáveis do movimento, comecem agora a rejeitar a doutrina do inferno, em favor do aniquilamento ou de outro tipo de opinião [humana]? A resposta, certamente, deve se encontrar no desafio da Teodicia - o desafio de defender a bondade de Deus contra as acusações modernas.

O secularismo exige que qualquer pessoa que fale em o nome de Deus deva defendê-Lo.  As sociedades que dão à luz décadas da megamorte, do holocausto, da explosão do aborto e do terror institucionalizado agora exigem que Deus responda as suas urgentes questões e se redima conforme as suas exigências. No fundo de tudo isso está uma série de inter-relacionadas mudanças culturais, teológicas e filosóficas, as quais apontam para a nossa pergunta: “O que aconteceu com as convicções evangélicas sobre o inferno?”

O primeiro item trata da mudança de uma visão sobre Deus. A visão bíblica tem sido rejeitada pela cultura, como sendo restritiva à liberdade humana e ofensiva às sensibilidades humanas. O amor de Deus foi redefinido, de modo que já não é santo.  A soberania de Deus foi reconcebida de modo que a autonomia humana não seja perturbada. Há poucos anos, até mesmo a onisciência de Deus foi redefinida, para significar que Deus conhece perfeitamente tudo que Ele possa conhecer perfeitamente, porém  não pode, possivelmente, conhecer um futuro embasado nas livres decisões humanas.

Os revisioinistas evangélicos  promovem uma compreensão do amor divino, a qual jamais será coerciva, desalojando qualquer pensamento de que Deus possa enviar os impenitentes para o castigo eterno, nas chamas do inferno. Eles estão tentando resgatar Deus da má reputação que Ele adquiriu, por se associar aos teólogos que, durante séculos, ensinaram a doutrina tradicional. Deus não é exatamente assim. Ele jamais condenaria pessoa alguma - mesmo sendo culpada - ao tormento e angústia eternos.

O teólogo Geerhardus Vos admoestou contra a abstração do amor de Deus dos Seus demais atributos, observando que, conquanto o amor de Deus seja revelado como sendo o Seu atributo fundamental, Ele também é definido pelos Seus demais atributos. É bem possível “superenfatizar este lado da verdade, ao ponto de chegar à negligência de outros princípios e exigências excessivamente importantes do Cristianismo”. Ele acentuou: “Isto poderia levar a uma perda do equilíbrio e do comedimento. No específico caso do amor de Deus, muitas vezes ele conduz a um sentimentalismo não bíblico, no qual o amor de Deus se torna uma forma de indulgência incompatível com o Seu ódio ao pecado”.

Nesse caso, a linguagem dos revisionistas é particularmente instrutiva. Qualquer Deus que agisse conforme a doutrina tradicional seria “vingativo”, “cruel”, e “mais semelhante a Satanás do que a Deus”. Clark Pinnock fez da credibilidade da doutrina de Deus o foco central de sua teologia à mente moderna: “Creio que, a não ser que descrição de Deus seja compelativa, a credibilidade da crença em Deus será levada ao declínio”.  Mais tarde, ele sugeriu: “É mais fácil, hoje em dia, convidar as pessoas a encontrar realização num Deus dinâmico e pessoal do que pedir-lhes para encontrá-la numa divindade imutável e auto-suficiente”.

Ainda ampliando este argumento, certamente seria mais fácil persuadir as pessoas a crer em um Deus pregado por Jonathan Edwards ou Charles Spurgeon. Mas a questão urgente é esta: Será que a teologia evangélica está em vias de negociar Deus com a nossa cultura contemporânea, ou é nossa a tarefa de permanecer na continuidade da convicção ortodoxa bíblica - a qualquer preço? Como já foi dito, as pessoas modernas exigem que Deus seja um humanitarista e se adapte aos moldes humanos da justiça e do amor. No final, somente Deus pode Se defender dos Seus críticos.

No oratório de Georg Friedrich Händel - o Messias - todos no
céu louvam a Deus - no 42º movimento (Aleluia) - por Sua
santidade e justiça demonstradas pelos anjos quando jogam
pecadores no lago de fogo por toda a eternidade.
Nossa responsabilidade é apresentar a verdade da fé cristã com ousadia, clareza e coragem - e defender a doutrina bíblica, nestes tempos que exigem todas estas três virtudes. O INFERNO É UMA REALIDADE CONCRETA, CONFORME É APRESENTADO CLARAMENTE NA BÍBLIA. (ênfase da Tradutora]. Fugir desta verdade para reduzir a força do pecado é perverter o Evangelho e alimentar mentiras. O inferno não está em votação, nem aberto à revisão. Devemos nos render aos cépticos modernos?

As modernas controvérsias levantam este assunto novamente entre os críticos americanos e até mesmo entre alguns evangélicos. Mesmo assim, não há como negar o ensino bíblico sobre o inferno. Nenhuma doutrina permanece isolada.

Dr. Albert Mohler é autor, preletor e presidente do Seminário Teológico Batista do Sul em Louisville, Kentucky - EUA

Traduzido por Mary Schultze, em 11/03/2011

4.3.11

A CABANA: O fim do discernimento evangélico!

por Dr. Albert Mohler, presidente do Southern Baptist Seminary (batista do sul)

Dr. Albert Mohler
O mundo editorial vê poucos livros alcançarem o status de blockbuster, mas A cabana, de William Paul Young, já ultrapassou esse ponto. O livro, originalmente auto-publicado por Young e mais dois amigos, já vendeu mais de 10 milhões de cópias e foi traduzido para em mais de trinta línguas. Já é um dos livros mais vendidos dois últimos tempos, e seus leitores são muito entusiasmados.
De acordo com Young, o livro foi escrito originalmente para seus filhos. Essencialmente, a história pode ser descrita como uma teodicéia narrativa – uma tentativa de responder às questões sobre o mal e o caráter de Deus por meio de uma história. Nessa história, o personagem principal está enfrentando grande sofrimento após o seqüestro e homicídio brutal de sua filha de sete anos, quando recebe um convite que se torna um chamado de Deus para encontrá-lo na mesma cabana onde sua filha foi assassinada.
Na cabana, “Mack” se encontra com a divina "Trindade": “Papa”, uma mulher afro-americana; "Jesus", um carpinteiro judeu; e “Sarayu”, uma mulher asiática revelada como sendo o Espírito Santo. O livro é na maior parte uma série de diálogos entre Mack, Papa, Jesus e Sarayu. Essas conversas revelam um Deus bem diferente do Deus da Bíblia. Por exemplo, "Papa" (Deus Pai) é alguém que nunca faz algum julgamento e parece muito determinado em afirmar que toda a humanidade já foi redimida.
A teologia de A cabana não é incidental na história. De fato, em muitos pontos a narrativa parece servir apenas como estrutura para os diálogos. E os diálogos revelam uma teologia que é, no mínimo, inconvencional e indubitavelmente herética sob alguns aspectos.
Enquanto o dispositivo literário de uma “trindade” incomum das pessoas divinas é em si mesmo sub-bíblico e perigoso, as explicações teológicas são piores: Papa fala a Mack sobre o momento em que as três pessoas da Trindade “se manifestaram à existência humana como o Filho de Deus”. Em lugar algum da Bíblia se fala sobre o Pai ou o Espírito vindo à existência humana. A Cristologia do livro é semelhantemente confusa. Papa diz a Mack que, mesmo Jesus sendo completamente Deus, “ele nunca dependeu de sua natureza divina para fazer alguma coisa. Ele apenas viveu em relacionamento comigo, vivendo da mesma maneira que eu desejo viver em relacionamento com todos os seres humanos”. Quando Jesus curou cegos, “Ele o fez apenas como um ser humano dependente e limitado, confiando em minha vida e meu poder trabalhando nele e através dele. Jesus, como ser humano, não tinha poder algum em si para curar qualquer pessoa”.
Há uma extensa confusão teológica para desbaratar aí, mas é suficiente dizer que a Igreja cristã tem lutado por séculos para ter um entendimento fiel da Trindade para evitar exatamente esse tipo de confusão – um entendimento que põe em risco a própria fé cristã.
Em outro capítulo, Papa corrige a teologia de Mack ao afirmar “Eu não preciso punir as pessoas pelo pecado. O pecado é a própria punição, te devorando por dentro. Não é meu propósito puní-lo; minha alegria é curá-lo”. Sem dúvida alguma, o prazer de Deus está na expiação alcançada pelo Filho. Entretanto, a Bíblia revela - consistentemente - que Deus é o santo e correto Juiz, que irá de fato punir pecadores. A idéia de que o pecado é meramente “a própria punição” se encaixa no conceito oriental de karma, não no evangelho cristão.Jesus diz a Mack que ele é “a melhor forma para qualquer humano se relacionar com Papa ou Sarayu”. Não o único caminho, mas apenas o melhor caminho.
O relacionamento do Pai com o Filho, revelado em textos como João 17, é rejeitado em favor de uma igualdade absoluta de autoridade entre as pessoas da Trindade. Papa explica que “nós não temos nenhum conceito de autoridade final entre nós, apenas unidade”. Em um dos parágrafos mais bizarros do livro, Jesus fala para Mack: “Papa está tão submisso a mim como eu estou a ele, ou Sarayu a mim, ou Papa a ela. Submissão não tem a ver com autoridade e não é obediência; tem a ver com relacionamentos de amor e respeito. Na verdade, somos submissos a você da mesma forma”.
A submissão da trindade a um ser humano – ou a todos os seres humanos – teorizada aqui é uma inovação teológica do tipo mais extremo e perigoso. A essência da idolatria é a auto-adoração, e a idéia de que a Trindade é submissa (de qualquer forma) à humanidade é indiscutivelmente idólatra.
Os aspectos mais controversos da mensagem do livro envolvem as questões de universalismo, redenção universal e reconciliação total. Jesus diz a Mack: “Aqueles que me amam vêm de todos os sistemas existentes. São budistas ou mórmons, batistas ou muçulmanos, democratas, republicanos e muitos que não votam ou não fazem parte de qualquer reunião dominical ou instituição religiosa”. Jesus acrescenta, “Eu não tenho nenhum desejo de torná-los cristãos, mas apenas acompanhá-los em sua transformação em filhos e filhas do meu Papa, em meus irmãos e irmãs, meus Amados”.
Mack faz então a pergunta óbvia – todos os caminhos levam a Cristo? Jesus responde “muitos caminhos não levam a lugar algum. O que significa que eu vou caminhar por qualquer caminho para te achar”.
Dado o contexto, é impossível não tirar conclusões essencialmente universalistas ou inclusivistas sobre o pensamento de William Young. Papa diz a Mack que ele está reconciliado com todo o mundo. Mack questiona: “Todo o mundo? Você quer dizer aqueles que acreditam em você, certo?”. Papa responde “O mundo inteiro, Mack”.
Karl Barth
Tudo isso junto leva a algo muito parecido com a doutrina da reconciliação proposta por Karl Barth. E mesmo que Wayne Jacobson, colaborador de William Young, tenha lamentado que a “auto intitulada polícia doutrinária” tenha acusado o livro de ensinar a reconciliação total, ele reconhece que as primeiras versões dos manuscritos eram muito influenciadas pelas convicções “parciais, na época” de Young na reconciliação total – o ensino de que a cruz e a ressurreição de Cristo alcançaram uma reconciliação unilateral de todos os pecadores (e toda a criação) com Deus.
James B. DeYoung, do Western Seminary (batista conservadora) e especialista em Novo Testamento e grego, que conhece William Young há anos, afirma que Young aceita uma forma de “universalismo cristão”. A cabana, ele afirma, “está fundamentado na reconciliação universal”.
Mesmo quando Wayne Jacobson e outros reclamam daqueles que identificam heresias em A cabana, o fato é que a Igreja cristã identificou explicitamente esses ensinamentos exatamente como são – heresia. A questão óbvia é: Como é que tantos cristãos evangélicos parecem não apenas serem atraídos para essa história, mas para a teologia apresentada na narrativa – uma teologia que em muitos pontos conflita com as convicções evangélicas?
Observadores evangélicos não estão sozinhos nessa questão. Escrevendo em The Chronicle of Higher Education (A Crônica da Educação Superior), o professor Timothy Beal da Case Western University argumenta que a popularidade de A cabana sugere que os evangélicos talvez estejam mudando sua teologia. Ele cita os “modelos metafóricos não-bíblicos de Deus” do livro, assim como o “não hierárquico” modelo da Trindade e, mais importante, “a teologia da salvação universal”.
Beal afirma que nada dessa teologia é parte da “teologia evangélica tradicional”, e então explica: “De fato, todas as três estão enraizadas no discurso acadêmico radical e liberal dos anos 70 e 80 – trabalho que influenciou profundamente a teologia da libertação e o feminismo contemporâneo, mas, até agora, teve pouco impacto nas conjecturas teológicas não-acadêmicas, especialmente dentro do meio religioso tradicional”.
Ele então pergunta: “O que essas idéias teológicas progressivas estão fazendo dentro desse fenômeno evangélico 'pop'?”. Resposta: “Poucos de nós sabemos, mas elas têm sido presentes nas margens liberais do pensamento evangélico por décadas”. Agora, continua, A cabana tem introduzido e popularizado esses conceitos liberais mesmo em meio aos evangélicos tradicionais.
Timothy Beal não pode ser considerado apenas um “caçador de heresias” conservador. Ele está empolgado com a forma que essas “idéias teológicas progressivas” estão “se infiltrando na cultura popular por meio de A cabana”.
De forma similar, escrevendo em Books & Culture (Livros & Cultura), Katherine Jeffrey conclui que A cabana “oferece uma teodicéia pós-moderna e pós-bíblica”. Enquanto sua maior preocupação é o lugar do livro “em um cenário literário cristão”, ela não pode evitar o debate dessa mensagem teológica.  Ao avaliar o livro, deve manter-se em mente que A cabana é uma obra de ficção. Mas é também um argumento teológico, e isso não pode ser negado. Um grande número de romances e obras de literatura notáveis contém aberrações teológicas e até heresias. A questão crucial é se a aberração doutrinária é apenas parte da história, ou é a mensagem da obra propriamente dita. Quando se fala em A cabana, o fato mais perturbante é que muitos leitores são atraídos pela mensagem teológica do livro, e não enxergam como ela é conflitante com a Bíblia em tantos pontos cruciais.
Tudo isso revela um fracasso desastroso do discernimento evangélico. É difícil não concluir que o discernimento teológico é agora uma arte perdida entre os evangélicos – e essa perda só pode levar à catástrofe teológica.
"A resposta não é banir A Cabana ou tirá-lo das mãos dos leitores"
- Al Mohler
A resposta não é banir A cabana ou tirá-lo das mãos dos leitores (Porém, nos deste blog perguntamos: "Por que as livrarias evangéli-cas destacam o livro tanto? Por que há tantos evangélicos promovendo a leitura desse livro tão problemático? O que aconteceu com o discernimento bíblico? Oh, acho que ele se perdeu quando as igrejas evangélicas, de modo geral, abandonaram a pregação expositiva da Palavra de Deus em favor de tantos modismos, prosperidade e outros métodos para atrair - e manter - o ímpio e/ou o falso convertido às/nas igrejas.)  Não devemos temer livros – devemos lê-los para respondê-los. Precisamos desesperadamente de uma restauração teológica que só pode vir através da prática do discernimento bíblico. Isso requer de nós identificarmos os perigos doutrinários de A cabana, para termos certeza. Mas nossa tarefa verdadeira é reaproximar os evangélicos dos ensinos da Bíblia sobre essas questões e cultivar um rearmamento doutrinário dos cristãos.
A cabana é um alarme para o cristianismo evangélico. É o que dizem afirmações como as de Timothy Beal. A popularidade desse livro entre os evangélicos só pode ser explicada pela falta de conhecimento teológico básico entre nós – uma falha no próprio entendimento do Evangelho de Cristo. A perda trágica da arte do discernimento bíblico deve ser assumida como uma perda desastrosa de conhecimento bíblico. Discernimento não consegue sobreviver sem doutrina.
Traduzido por Filipe Schulz | iPródigo

1.3.11

É CORRETO EXPOR OS FALSOS MESTRES?

Dizem-se que há vinte a trinta anos o versículo bíblico mais citado por incrédulos era João 3.16. Hoje, porém, parece que o versículo mais conhecido é Mateus 7.1: "Não julgueis, para que não sejais julgados." Esse versículo é usado quando o cristão expressa qualquer opinião que afirme algo moral ou teologicamente errado. Utilizando este versículo cria um dilema pelo cristão "preconceituoso" e "discriminador": Se prosseguir com seu "julgamento", correrá o risco de ser rotulado e criticado com "juíz hipócrita". Infelizmente muitos cristãos correm dessa "perseguição", assim permitindo que os objetos da sua crítica continuam impunes.

Tirei o seguinte artigo do blog Discernimento Cristão do nosso "amigo virtual", Roberto Aguiar. O autor do artigo é Pr. E. L. Bynum de Lubbock, Texas [EUA]. Recomendamos que os leitores deste trecho lessem o artigo inteiro!

Hoje, os falsos mestres estão livres para espalhar suas doutrinas venenosas porque há uma conspiração de silêncio entre muitos crentes na Bíblia. Lobos em pele de cordeiro são, assim, habilitados a assolar o rebanho, dessa maneira destruindo a muitos.


João Batista chama os fariseus e saduceus (os líderes religiosos da sua época) uma “raça de víboras” (Mateus 3.7). Hoje, ele seria acusado de ser sem amor, cruel, e de não ser cristão.



O ator Michael York  no filme “Jesus de Nazaré”, de Franco Zeffirelli, interpretando o personagem do profeta João Batista, “O Grande Julgador”….

Jesus disse aos fariseus religiosos: “Raça de víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca” (Mateus 12.34). Para muitos evangélicos e alguns fundamentalistas, isso seria uma linguagem inaceitável hoje, mas é uma linguagem bíblica e veio da boca do Filho de Deus.

Ao ficar cara a cara com estes falsos mestres, Jesus Cristo, o filho de Deus, os chamou de “hipócritas”“guias cegos"“cegos”“sepulcros caiados”“serpentes” e “raça de víboras” (Mateus 23.23-34). No entanto, somos informados de que hoje estamos em comunhão com homens cujas doutrinas são tão antibíblicas como os dos fariseus. Alguns dos que dizem que eles são cristãos bíblicos insistem em trabalhar com católicos romanos e outros vários hereges. No entanto, segundo muitos, não devemos repreendê-los pela transigência deles.

Perto do início de seu ministério, “Jesus subiu a Jerusalém. E achou no templo os que vendiam bois, e ovelhas, e pombos, e os cambiadores assentados. E tendo feito um azorrague de cordéis, lançou todos fora do templo, também os bois e ovelhas; e espalhou o dinheiro dos cambiadores, e derribou as mesas; E os seus discípulos lembraram-se do que está escrito: O zelo da tua casa me devorará” (João 2.13-16). Nosso Salvador é hoje apresentado como aquele que era manso, humilde, bondoso e amoroso, até mesmo para os falsos mestres, mas isso é totalmente falso. Ao lidar com falsos mestres e profetas, Suas palavras eram fortes e Suas ações simples e claras.

Perto do fim do Seu ministério público, Cristo achou necessário purificar o templo novamente. A exposição das falsas doutrinas e práticas é um trabalho sem fim. Naquela época Ele disse: “Não está escrito: A minha casa será chamada, por todas as nações, casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões” (Marcos 11:17). É diferente hoje? Os ladrões entram na casa de Deus, e roubam o povo de Deus da Bíblia e vendem suas Bíblias pervertidas. Ao mesmo tempo, esta malta de ladrões rouba o povo na doutrina da separação e na doutrina da santificação. Então você quase não pode dizer qual é o povo de Deus e o povo do mundo. Honestamente, não devem estes ladrões (falsos mestres) ser expostos?

Em nossos dias, esses falsos mestres vieram às igrejas com seus livros, literatura, filmes, psicologia e seminários, e transformaram a casa do Pai em um covil de ladrões. É tempo de homens de Deus se levantarem e exporem os seus erros para que todos os possam ver.