Rob Bell ficou conhecido mundialmente por causa dos vídeos que vem publicando da série NOOMA. Ele é um pregador pós-moderno e expoente das idéias da polemica Igreja Emergente, movimento formado dentro do protestantismo, que tem como objetivo desenvolver um neocristianismo dentro das perspectivas do novo mundo. Qual o problema com Bell, sem falar nos outros expoentes da Igreja Emergente como o pastor paulista Ed René Kivitz?
Boa pergunta! Pelo que posso entender, lendo artigos e pesquisando sobre o assunto, eles negam doutrinas básicas do cristianismo histórico, e isso por si só já é um grande perigo. Mas afinal de contas, o que a Igreja Emergente e seus líderes estão negando? Isso afeta a ortodoxia e compromete a verdade do evangelho?
Quem leu o livro de Hank Hannegraaf - Cristianismo em crise - sabe como houve desvios na Teologia da Prosperidade a ponto de destruir as bases do cristianismo histórico no meio pentecostal e neo-pentecostal. Creio que o movimento da Igreja Emergente e seus expoentes não fogem a regra: estão desenvolvendo idéias e defendendo doutrinas que se chocam com o cristianismo histórico. Mas é justamente esse desvio da história das doutrinas cristãs que atrai os "cristãos" pós-modernos. "Afinal, já que não dá para saber nada" - dizem os pós-modernos - "como podemos botar confiança em doutrinas 'dos homens'?" De novo, não sou eu que levante essas questões; são esses "emergentes" como Rob Bell e Brian MacLaren, que as levantam.
Bell, por exemplo, questiona o nascimento virginal de Jesus. Na posição desse pregador pós-moderno, não é importante se Jesus Cristo nasceu de uma virgem ou não. Bell vai mais além e assume a possibilidade de que a arqueologia venha descobrir a paternidade terrena de Cristo, e isso iria desfavorecer os evangelhos [que afirmam o contrário]. A tendência de Bell é se abrir a outras fontes de autoridade além das Escrituras, ou seja, rejeitar completamente a posição de que as Escrituras sejam a única regra infalível de fé [Sola Scritura]. Até aqui já teríamos o suficiente para tomar muito cuidado com a posição desse "pastor", mas ele segue livre curso entre os evangélicos aqui no Brasil, onde tem seu material editado por uma editora evangélica muito conhecida [Editora Vida]. Uma vez que Bell mina as bases da fé cristã, desacreditando a autoridade absoluta das Escrituras em termos de fé e doutrina, Bell e seus seguidores abrem-se para o relativismo, viram as costas para a reforma protestante, abraça o liberalismo teológico e passa a trilhar no lamaçal da apostasia. Talvez "apostasia" seja forte demais para você ouvir, mas eu pergunto: "O que você chama a negação da importância da doutrina da Trindade e da expiação substitutiva de Cristo?" Bell faz isso no seu livro Repintando a igreja! Ao meu entender, a negação dessas doutrinas separava as religiões não-cristãs e seitas cristãs do cristianismo bíblico no passado. Hoje os defensores de tais heresias são promovidos como "líderes evangélicos progressistas"! Eu pergunto: "COMO?!"
Daí pra frente, tudo o que Bell ensinou, ensina ou vai ensinar vai simplesmente levá-lo - sem falar nos seus ouvintes e leitores - para longe do cristianismo histórico e conduzir o seu movimento para o obscurantismo da religião [Ex: o catolicismo apostólico romano] e das experiências místicas espiritualistas medievais, práticas bem comuns entre os lideres do movimento emergente. Além do mais, Bell nega o inferno como um lugar de punição eterna e passa a reinterpretar esse lugar como uma condição de existência aqui nesta vida. Aliás, Bell tenta reinterpretar o evangelho e faz uso de argumentos liberais para isso.
Daí pra frente, tudo o que Bell ensinou, ensina ou vai ensinar vai simplesmente levá-lo - sem falar nos seus ouvintes e leitores - para longe do cristianismo histórico e conduzir o seu movimento para o obscurantismo da religião [Ex: o catolicismo apostólico romano] e das experiências místicas espiritualistas medievais, práticas bem comuns entre os lideres do movimento emergente. Além do mais, Bell nega o inferno como um lugar de punição eterna e passa a reinterpretar esse lugar como uma condição de existência aqui nesta vida. Aliás, Bell tenta reinterpretar o evangelho e faz uso de argumentos liberais para isso.
Como Bell tem se destacado como líder evangélico contemporâneo nos EUA e em outras partes do mundo, se faz justo avaliar seus ensinos e advertir que ele tem se desviado de vários conceitos bíblicos tradicionais e trilhado um campo minado que conduz ao perigo das heresias mortais. Temos que agir como os bereanos, que não eram convertidos [eram judeus] e, mesmo assim, fizeram questão de avaliar o evangelho de Paulo segundo as Escrituras (Atos 17.11). Esse proceder, porém, não é louvável por Rob Bell e os outros líderes do movimento emergente pós-moderno, uma vez que eles defendem a tese de que somente as Escrituras não são a autoridade final em questões doutrinárias. Fazem isso, creio eu, porque eles sabem muito bem que uma visão da Bíblia reformada jogam suas idéias por água abaixo.
Por outro lado, crer na Bíblia como autoridade final nos garante uma posição segura na fé cristã. Já que o próprio Jesus afirmava a importáncia de cada letra, ponto e til, agir ao contrário pode conduzir um cristão para desvios sérios: uma vez que as Escrituras Sagradas percam a sua autoridade final, fica aberto o campo do relativismo e, apartir disso, qualquer coisa pode ser crida, não importa o quão absurda seja. Refiro-me à seita Creciendo em Grácia, que nega a existência do inferno, de Satanás e do pecado. Aliás, dá para viver licensiosamente sem medo de conseqüências temporais e eternas. Portanto, fornicação e adultério fazem parte do cotidiano dessa seita. Será que foi por isso a esposa do fundador dessa seita, José Luiz de Jesus Miranda, se divorciou desse "Jesus-Homem"? Em Gálatas 1:8 Paulo nos adverte sobre essa questão: ainda que seja um anjo mensageiro o expoente de novas doutrinas - de um novo evangelho - deve ser completamente evitado. Se é assim com relação aos espíritos ensinadores, não pode ser diferente com relação a lideres como Rob Bell. Todo o cuidado é pouco!
Fontes:
